Além da grande quantidade de gordura, açúcar e sódio, os produtos alimentícios ainda contam com inúmeros aditivos. Existem mais de 25 mil aditivos alimentares sendo usados em todo o mundo, e tal oferta, ocasionou um grande número de pesquisas sobre o tema.

Em sua grande maioria, as pesquisas afirmam que o consumo de quantidades excessivas de aditivos sintéticos tais como corantes, espessantes, acidulantes e conservantes, pode causar reações adversas com efeitos gastrointestinais, respiratórios, dermatológicos e neurológicos. Diante deste cenário, o Joint Expert Committee on Food Additives (JECFA) tem se reunido anualmente, desde 1956, para avaliar a segurança dos aditivos alimentares, atualizar e estabelecer as normas de segurança dos aditivos (WU et al., 2013).

A Portaria nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997, dá a seguinte definição para aditivos alimentares: “É qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, mas com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais” (BRASIL, 1997).

Inúmeros relatos a reações adversas aos aditivos, quer seja aguda ou crônica, tais como reações alergias, alterações no comportamento, e até mesmo câncer - esta última observada em longo prazo - estão sendo atribuídas ao consumo exagerado de aditivos alimentares. Vale ressaltar que as crianças apresentam maior suscetibilidade às reações adversas provocadas pelos aditivos alimentares, por isso, os cuidados com a alimentação dos pequenos deve ser redobrado!