Patrícia Maldonado – Blog Mãe de Salto Alto (Yahoo)

Comer bem é possível

Seu filho não come verduras e legumes e você se descabela de preocupação? Já tentou de tudo mas ele continua dizendo que não come nada “verde”? O ponteiro da balança só sobe e você já está aflita pensando em obesidade infantil? Bem-vinda! Essa é reclamação de 90% das mães brasileiras! O que poucas sabem (ou sabem mas demoram para pedir ajuda) é que um profissional pode ajudar muito nessa hora.

"Um nutricionista pode ser um importante aliado ao apresentar diferentes alimentos, ao indicar diferentes receitas de acordo com os hábitos da família, facilitando nesse processo de introdução de diferentes alimentos. Além disso pode acompanhar e avaliar o estado nutricional da criança, acompanhando crescimento e perda/ganho de peso de acordo com a idade", explica a nutrifuncional Andrezza Botelho.

De acordo com a especialista, a alimentação restrita é sim um problema e deve ser acompanhado o mais cedo possível. “As verduras e legumes são fundamentais no desenvolvimento da criança. São fontes de vitaminas, minerais, fibras e diversos fitoquímicos que vão fazer o organismo funcionar corretamente, sendo imprescindível na fase de crescimento e desenvolvimento físico e mental”.

Mas nada de pânico! Há muito que se fazer para ajudar a criança não apenas a comer todos os alimentos, mas a GOSTAR deles. “Os pais podem oferecer o alimento de formas diferentes, misturar em receitas, recheios de tortas ou para “incrementar” um simples bolinho de arroz. Mas é importante que a criança saiba o que está comendo, e que o alimento pode ter sabores e texturas diferentes de acordo com a preparação. Se não gostou de determinado alimento em uma preparação, depois de alguns dias deve-se testar o mesmo alimento de outra forma. O paladar é adaptável, e para considerar que uma pessoa realmente não gosta de um alimento, esse deve ter sido provado pelo menos em 10 formas diferentes, e não em apenas uma ou duas tentativas frustradas. A rejeição inicial a certos sabores requer paciência e insistência dos pais”.

E ela vai além. “O comportamento alimentar dos pais reflete no comportamento alimentar dos filhos. As crianças tendem a aceitar com mais facilidade os alimentos que são naturalmente disponíveis nas refeições da família. Os pais devem sempre dar o exemplo, comer junto com os filhos e oferecer a mesma comida. Não tem essa de “comida de adulto” e “comida de criança”, a refeição deve ser a mesma, pois as crianças se espelham muito nos pais. Outra estratégia é deixar a criança se envolver na cozinha durante o preparo das refeições”.

Por fim, a nutricionista explica que a criança tem que querer comer bem, entender a importância da alimentação. Não deve nunca pensar na comida como uma maneira de ganhar alguma coisa. “Não é indicado a troca de alimento por recompensas: “se comer salada, vai ter sobremesa”, “se não sobrar comida no prato, pode ver desenho”, pois esse tipo de estratégia leva a criança a considerar determinados alimentos como “vilões” e a recompensa acaba sendo supervalorizada. O ideal é explicar a importância de comer o alimento, dar o exemplo, e não trocar a refeição por qualquer outra “besteirinha” que vá encher a barriga da criança e não vai nutrir de fato”, explica.

Hoje, na hora de preparar a refeição, tente colocar essas dicas em prática (vale colocar um brócolis num recheio de torta, a misturar a cenoura com a batata para o purê ficar colorido, por exemplo). Na hora de comer, tente conversar com seu filho, explicar o que cada alimento é. Na próxima compra, leve o pequeno junto, para ele escolher e se familiarizar com os alimentos. Se nada disso der certo, procure sim um especialista. A fase de crescimento é muito importante para ser deixada de lado.

Beijos,
Pati

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Fonte:

https://br.mulher.yahoo.com/blogs/mae-salto-alto/comer-bem-e-possivel-162437164.html

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