Hoje em dia, muito se fala da relação do glúten com a tireoide. Há razões para isso, pois muitos dos fatores dietéticos e ambientais estão causando um fenômeno conhecido como DISBIOSE (conjunto de alterações gastrointestinais como diarreia, constipação, gases, má digestão, diminuição das boas bactérias da flora intestinal, aumento de bactérias patogênicas, fungos, entre outras situações), que, por sua vez, pode levar a uma permeabilidade intestinal.
A permeabilidade intestinal acontece quando as firmes junções das células intestinais se abrem levemente e permitem que as partículas de alimento não digerido (antígenos) façam o seu caminho para a corrente sanguínea. Um dos fatores que faz com que ocorra essa permeabilidade é o consumo do glúten. Ele enfraquece os compostos da zonulina, proteína que atuaa como um "cimento" para juntar nossas células intestinais. Ao descompactar as junções das células, essas brechas permitem a entrada de alimentos maus digeridos, vírus, e bactérias na corrente sanguínea e provocam a produção de anticorpos. Esses anticorpos fazem com que o organismo ataque a tireoide.
Muitas pessoas que têm uma condição autoimune da tireoide têm chances significativas de ter uma segunda condição autoimune. A doença celíaca deve ser investigada. Uma avaliação completa de um profissional é fundamental para que se façam intervenções alimentares ricas em nutrientes, alimentos anti-inflamatórios/antioxidantes e pobres em toxinas, abordando as deficiências nutricionais, tais como zinco, magnésio, selênio complexo B, entre outros.
Cabe ao nutricionista funcional, junto a um médico funcional, decidir a retirada ou não alimentos de certos alimentos de sua dieta. É importante lembrar que não se deve criar dietas por conta própria! Procure sempre ajuda de profissionais!









